Autor: Vincent van Gogh
Local: Museu d'Orsay, Paris - França
Ano: 1889
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 65cm x 54cm
Movimento: Pós-Impressionismo
Vincent van Gogh é colocado como um artista que introduz o próprio corpo como estudo da arte. Há uma grande quantidade de autorretratos seus, aproximadamente 40 foram produzidos em um período de dez anos.
Esta é uma pintura pós-impressionista datada em setembro de 1889. Este foi o último dos autorretratos pintados por ele enquanto esteve internado no asilo de Saint-Rémy, na França, para onde foi por vontade própria em maio do mesmo ano. Suas pinturas nessa fase mostram uma preocupação com o movimento, expresso em curvas contínuas e ondulantes.
Vincent van Gogh é colocado como um artista que introduz o próprio corpo como estudo da arte. Há uma grande quantidade de autorretratos seus, aproximadamente 40 foram produzidos em um período de dez anos.
Esta é uma pintura pós-impressionista datada em setembro de 1889. Este foi o último dos autorretratos pintados por ele enquanto esteve internado no asilo de Saint-Rémy, na França, para onde foi por vontade própria em maio do mesmo ano. Suas pinturas nessa fase mostram uma preocupação com o movimento, expresso em curvas contínuas e ondulantes.
Autorretrato, de Vincent van Gogh Obra de 1889 |
Para ele, pintar a si mesmo não era só um estilo de arte,
mas também uma forma de melhorar suas técnicas artísticas e de se conhecer
melhor – tudo isso graças ao processo introspectivo ao qual se submetia, já que
ficava horas diante de um espelho observando-se criticamente.
O Museu D'Orsay, que obteve a obra em 1986, considera a
"imobilidade do modelo contrastante com as ondulosas barbas e cabelos, ecoados
e amplificados pelos arabescos alucinatórios do plano de fundo". A
vivacidade do efeito visual não é de natureza física, mas de base fisiológica.
Os pontos justapostos de cor pura provocam uma espécie de “pânico visual”: o
olhar compulsivo tenta misturar os diferentes tons. O princípio da mistura
óptica funciona, ao mesmo tempo que implica uma constante sensação de agitação.
A pintura
A cor tem
vida própria e, muitas vezes, independente em relação às formas pintadas pelo
artista. É o que acontece nesse quadro que traz um fundo coberto por espirais
em tons de azul e verde com a roupa do artista fundindo-se nele. Embora o azul
e o verde apareçam com bastante frequência em suas obras, as cores não foram
escolhidas por acaso: a soma dos tons do fundo unidos às curvas na parede
formam uma imagem tensa, que transmite a confusão mental do pintor. Seu rosto
destaca-se pela barba ruiva, pelos traços tensos e pelo olhar fixo que sugerem
uma introspecção, como se estivesse tão concentrado em seus próprios
pensamentos que acabou “esquecendo” seu olhar numa direção qualquer.
Ao enviar o quadro para o seu irmão Theo, Vincent escreveu:
“ESPERO QUE REPARES QUE A EXPRESSÃO DO MEU ROSTO SE TORNOU
MAIS CALMA, EMBORA O OLHAR ESTEJA MENOS FIRME QUE ANTES, SEGUNDO ME PARECE.”
Fontes e Imagens:
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